Corpo da jovem Maria Alice Seabra de 19 anos é encontrado em canavial

Foto: André Nery/ JC Imagem
 
Polícia localiza corpo de Alice Seabra em Itapissuma.
 
Depois de horas de busca a polícia encontrou, na tarde desta quarta-feira, o corpo de Maria Alice de Arruda Seabra Amorim, de 19 anos, desaparecida desde a última sexta-feira.
 
O corpo foi encontrado no Engenho Velho, em Itapissuma.
 
O padastro e principal suspeito de ter sequestrado Alice Seabra, 19 anos, seguiu com a delegada Gleide Ângelo e equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para Goiana, onde vão recomeçou as buscas pela jovem.
 
 Gildo Xavier, 34, se entregou à polícia no fim da noite da terça-feira e confessou o sequestro.
 
Crime
 
Na sexta-feira, Alice saiu de casa, na Estância, no Recife, acompanhada do padastro, que a levaria para uma entrevista de emprego , em Gravatá, no Agreste do estado.
 
Alice não voltou para casa. Em entrevista ao Programa Balanço Geral, amigos da garota informaram que a proteção exagerada do padrasto em relação à enteada incomodava.
 
"Há dois meses, ela teria saído de casa por conta disso. Disse que estava bem, mas estava de cabeça quente.
 
 Foi morar com uma irmã em São Lourenço da Mata", contou uma amiga que preferiu não se identificar.
 
 Antes de se entregar à polícia, Gildo Xavier usou o Facebook para pedir desculpas pelo que teria feito à enteada e disse que tudo foi motivado pelo ódio.
 
“Eita, me lasquei. Vocês encontraram”. Foi a reação, com palavras literais, do servente de pedreiro Gildo da Silva Xavier, de 34 anos, ao finalmente conseguir mostrar aos policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) onde tinha deixado o corpo de sua enteada Maria Alice Seabra, de 19 anos.
 
Eram 15h desta quarta-feira (24/6) quando a viatura da Polícia Civil que o conduzia, na companhia da delegada Gleide Ângelo, entrou em um canavial do Engenho Burro Velho, às margens da BR-101, no município de Itapissuma, na Região Metropolitana.
 
Gildo confessou ter abandonado o corpo da garota na noite da última sexta-feira (19), para depois seguir de carro para o Estado do Ceará.
 
 Não explicou o que fez com ela, nem os motivos para ter assassinado aquela que ele chamava de filha, e que criava desde os quatro anos.
 
 Gildo era casado com Maria José Arruda, de 46 anos, mãe de Alice, há 15 anos.
 
 A história pode começar a ser esclarecida a partir de desta quinta-feira (25), quando a delegada tomará o primeiro depoimento oficial de Gildo, na própria sede do DHPP.
 
As informações são do Jornal do Commercio.
 
O servente de pedreiro terá sua segunda prisão preventiva – esta por homicídio – pedida ainda nesta quinta.

 A primeira foi pelo sequestro de Maria Alice, ocorrido na sexta-feira (19).

 Por volta das 11h da manhã desta quarta, Gildo deixou a sede do DHPP, no bairro do Cordeiro, Zona Oeste da cidade, e embarcou em uma viatura rumo ao município de Goiana, na Zona da Mata Norte, que ele acreditava ser o lugar onde tinha deixado o corpo da enteada.

O servente de pedreiro sabia apenas que o lugar era perto da BR-101 no sentido Recife-Goiana. Foram várias tentativas em lugares semelhantes ao que ele havia descrito.

Em um deles, Gildo falou as seguintes palavras à Imprensa: “Deixei umas duas camisas minhas lá (no local onde abandonou Alice).

E se vocês (Imprensa) me deixassem sozinho com a Polícia eu poderia ajudar a encontrar ela (sic)”.

 Gildo chorou em diversos momentos da busca, mas segundo policiais que estavam na viatura e que foram ouvidos pela reportagem, seria um choro pouco convincente.
 
O clima ficou tenso quando parte da população de Goiana percebeu a movimentação dos veículos da Polícia e da Imprensa no canavial que fica próximo ao rio que leva o nome da cidade.

Montados em motos, vários populares cercaram o carro onde estava o servente de pedreiro e começaram a ameaçá-lo verbalmente.

A equipe de Gleide Ângelo precisou se afastar deles, fingindo ir realizar buscas em outro lugar, já no Estado da Paraíba. “Estava perigoso para nós e para ele.

Não havia condição de ele descer e mostrar onde seria o local do crime”, contou a delegada, após conseguir despistá-los.

Um outro momento de tensão foi quando o tio de Maria Alice, Valdeir Arruda, apareceu para acompanhar as buscas.

Após pegar carona com um motoqueiro, ele conseguiu se aproximar do veículo em que estava Gildo e chegou a encará-lo.

Às 15h desta quarta, os policiais finalmente chegaram ao local onde Gildo deixou Maria Alice, em Itapissuma.

Por volta de 16h20 as equipes do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto de Medicina Legal (IML) chegaram ao Engenho Burro Velho.

O corpo da jovem seguiu para ser submetido aos exames, com vistas à liberação para o
Foto: André Nery/ JC Imagem
Foto: André Nery/ JC Imagem